Os relacionamentos, hoje, estão cada vez mais
descartáveis. Não há interesse em reparar ou tempo para concertar. As relações
se assemelham aos eletro-eletrônicos: não funcionou, troca o modelo. Falta
paciência para se adaptar e desmotivação para revalidar alguns valores
resultando em separações. Reciclar é a palavra-chave para os afetos. Expectativas elevadas,
desejo da “telepatia”, querer que ele funcione como “eu” leva a pequenas
frustrações diárias, e estas vão minando a admiração pelo companheiro. Também
detona a relação esperar do outro, comportamentos de sedução e carinho que,
quando não atingidos, geram cobranças. Caminhos que levam ao distanciamento na
comunicação e intimidade do casal. Como tornar possível esta reciclagem?
Renovar os valores vencidos, rir, encontrar humor, ter
projetos juntos, não querer sempre ter razão, ouvir o outro e discutir a
relação (com limites) diminuirá as constantes reclamações ou cobranças.
Relacionamentos baseado em mudanças mais a capacidade de amar facilitam a continuidade de um amor duradouro, com harmonia e até a retomada da paixão.